sexta-feira, 5 de novembro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Troféu Surreal

 Esmurrei um padre pegando sua idolatrada cestinha transbosdando de fé verde, vandalizei o quadro vermelho do ditador gigolô com anarquia preta, também destruí os cabos transmissores daquela emissora televisiva e ainda arranquei umas máscaras sangrantes rindo copiosamente.

Au, Au, ou... ou! Chutei a poltrona, manquei feio. Onomatopéias...

O arame farpado prendeu e rasgou um idiota que insistia em babar fezes enquanto resmungava ferido e amedrontado no quintal. Eu não tenho pena, não tenho mesmo. Que se exploda meu cinismo e sujeira moral, assumo mesmo: te desci a porrada!

Te amarrei para assistir sua desgraça, solei em meu baixo elétrico chorando e gritando desesperadamente e duas cordas grossas de metal arrebentaram cortando seu rosto.

Scarrf! Escarrei uma goma grossa e visceral que te encapuzou nessa podreira toda. Cuspi, sim senhor e foi fodido, você quase se sufocou no meu catarro.

Bati palmas e gargalhei do teu medo, pois te odeio, é puro sadismo meu. Pausa para meu riso! Eu quero rir, cacete! Ha, ha, he, he. Satisfeito!

Posso falar mais alto? Posso sim! Nenhum babaca vai me impedir, não podem te ouvir gritar! Eu tenho o megafone e seus ouvidos vão estourar com minha histeria!

Pingue, escorra nesse show desgraçado onde gerarei insanidade com tanta vodka na idéia, vou colocar a culpa nessa cachaça. Tá eu sei que não é cachaça, trepe com o gargalo!

Eu mato e torturo mesmo, eu te torturei e matarei mesmo na insônia voraz que me prostitui nessa merda fedida. Qual é a tua? Diz pra mim!

Só na minha cabeça você existe. Pare de chorar, é o fim!

Engulo risonho a chave para minha fuga, fico trêmulo com minha confissão amassada na mão, então rasgo o chão para longe do meu rastro rubro. Eles chegarão para nos recolher, não se preocupe. Você não foi escondido, sua cabeça está nessa mão. Já finquei teu corpo como troféu no portão de casa. Enrolei eles por meia hora dando prejuízo no fone deles. Agora eles querem me exibir e já estou devidamente trajado para isso.


- Mensageiro Obscuro.
Setembro/2010.

Foto: "Bloody Trophy", troféu feito de sangue humano e sangue animal por Thyra Hilden e Diaz.
Portal da artista: Thyra Hilden

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ícaro e a Ameaça Invisível

A lembrança mais antiga que tenho da infância está ligada a um sentimento: o medo. Medo do desconhecido, do invisível, do sobrenatural. Sou filho único, e desde sempre me acostumei a ser solitário, visto que não havia crianças da minha idade na família. Eu era sempre cercado de adultos que me adulavam, me enchiam de presentes e se satisfaziam vendo-me quieto num canto, brincando sozinho. Eu era feliz no meu mundinho particular, eles eram felizes por não precisarem se preocupar com uma criança levada que pudesse criar milhares de problemas.

Foi em um desses momentos de solidão infantil no meu quarto que o medo em estado bruto pela primeira vez se manifestou, na forma de um palhaço sobre um triciclo. Esse brinquedo, com o qual nunca simpatizei, estremeceu repentinamente no canto em que estava encostado, virou-se na minha direção e lentamente seguiu em frente. A cena ficou gravada na minha mente como uma tatuagem. O ranger aflitivo daquelas rodinhas, o sorriso congelado e tenebroso do palhaço, o movimento uniforme do brinquedo que não era movido a pilhas ou a qualquer outra força externa que justificasse aquele deslocamento repentino. Isso foi demais para um pobre menininho de cinco anos de idade.

Corri, chorando, em busca de auxílio, gritando aos quatro ventos que o palhaço medonho estava vivo. Minha mãe, com toda ternura e paciência que só o instinto maternal pode prover, a muito custo me acalmou e voltamos ao quarto, onde eu deveria explicar o que estava acontecendo. Entramos no quarto, minha mãe à frente e eu agarrado à confortadora barra da sua saia, e indiquei o instrumento do meu temor, parado inocentemente embaixo da minha cama. Após minucioso exame do brinquedo, do caimento do chão e do grau de luminosidade do cômodo, seu parecer foi categórico: aquilo havia sido fruto da minha fértil imaginação infantil. Aliviado, acreditei no que disse, afinal como ela poderia estar enganada, logo a pessoa que me ensinou tudo o que eu sabia até então?

Passei a tentar conviver com o fenômeno dos objetos que se moviam sozinhos, sem motivo aparente, com cada vez mais frequência. No início da vida escolar, meus colegas falavam de amigos que eles tinham e que ninguém mais enxergava: super-heróis, fadas, anjos, bichos falantes. Exultante, me dei conta de que eram meus amigos imaginários que movimentavam as coisas ao meu redor! Só achava uma pena eu não conseguir enxergá-los. E foi essa a teoria apresentada aos adultos, que passaram a desconfiar de mim, achando que eu estava inventando histórias para chamar a atenção e criando bodes expiatórios irreais para acobertar minhas travessuras. Quando ninguém estava olhando e um copo repentinamente pulava da mesa, um vaso se espatifava contra a parede ou roupas eram arrancadas dos cabides e rasgadas, minhas explicações eram recebidas com ceticismo e surras, cada vez mais intensos e inclementes. Muitos diziam que eu estava me tornando um grande mentiroso, o que era uma coisa muito feia para uma criança.

Cheguei à pré-adolescência sob constantes olhares de reprovação e desconfiança. Passei a evitar o convívio com as pessoas ao meu redor, pois ninguém entendia o que acontecia comigo. Também procurei deixar de lado esse lado fantasioso da vida, afinal já estava bem grandinho para me apegar a essas coisas de criança. Foi então que o horror, há tantos anos esquecido, chegou despercebido e novamente cobriu-me com seu manto negro. Meu pai ouvia um programa de rádio que apresentava acontecimentos sobrenaturais enviados pelos ouvintes, e eu não pude evitar de ouvir essas narrativas, com crescente pavor e paradoxal fascinação. Foi então que comecei a associar os fenômenos narrados pela voz sombria do radialista com o que acontecia comigo. Através da audição daquele programa, que eu morbidamente não conseguia evitar, descobri o nome de minhas indesejáveis companhias: assombrações.

Meus dias passaram a ser um suplício, repletos de sobressaltos, palpitações, olhos arregalados e horrores indizíveis brotando em minha mente. A cada cadeira arrastada, eu imaginava um terrível demônio levantando-se e caminhando em minha direção. Por trás do movimento das cortinas em noites sem vento, fantasiava hordas de mortos-vivos arrastando-se sorrateiramente, preparando um terrível ataque. Bruxas, lobisomens, vampiros, criaturas grotescas de fossos infernais. Cada objeto em movimento, cada ruído na escuridão, cada toque repentino no meu corpo franzino, traziam consigo a dúvida de qual ser das trevas estaria por trás de tal ato.

Na inquietude da adolescência, passei de vítima aterrorizada a questionador implacável. Busquei respostas nos mais diferentes recantos da religião, do ocultismo, das crenças populares e das superstições em geral. Perdi a conta dos rituais dos quais participei, das longas horas perdidas em leituras de livros arcaicos e proibidos, das intermináveis consultas a especialistas da luz e da escuridão, cada deles me lançando em caminhos distintos, tortuosos e infrutíferos.

Quando iniciei minha vida acadêmica, era tido como um excêntrico sem amigos, um amalucado que se isolava do mundo, com interesses em assuntos que as pessoas normais evitavam. E foi com um professor da faculdade de psicologia na qual ingressei que encontrei uma resposta convincente. Após diversas conversas fora da aula, sobre o oceano sem fim da psique humana, descobri que ele era parapsicólogo. Expus meu problema e, voluntariamente, permiti que ele me examinasse, sendo a conclusão desses estudos minuciosos a palavra telecinésia. Finalmente, descobri a origem da angústia que é eterna companheira da minha existência: paranormalidade. Nunca havia cogitado uma resposta que não fosse um agente externo, e vi nesse momento que era eu mesmo o causador de tudo aquilo. Imediatamente, iniciei um exaustivo trabalho junto ao meu professor e a uma equipe de parapsicólogos indicados por ele.

Tornei-me seu principal objeto de pesquisas, e o pleno controle de minhas qualidades telecinéticas passou a ser a prioridade na minha vida. Ansioso e pressionado, não consegui evoluir um milímetro sequer na jornada rumo ao controle de meus poderes. Passei por diversos especialistas e equipes, mas nada deu resultado. Os anos foram passando e o desânimo passou a estar cada vez mais presente na minha vida. Especialistas chegaram a cogitar que os gatilhos de comandos telecinéticos que eu gerava eram originados no meu subconsciente, independentes da minha vontade. Sentindo-me um derrotado, desgostoso por não conseguir resultados, mesmo havendo descoberto a fonte de meus problemas, abandonei os estudos e as experiências.

Voltei para a casa de meus pais e sobre eles despejei todas as minhas frustrações. Ofensas à minha pobre mãe e ameaças de agressão física ao meu pai passaram a fazer parte do meu dia-a-dia, pontuados por murros nos móveis, chutes nas portas e louças quebradas. A telecinésia fugiu totalmente do meu controle, e eu já não sabia quanto daquela destruição doméstica tinha origem na minha força física ou nos meus malditos poderes paranormais. Em um dia fatídico, após mais uma das discussões desmedidas e altamente ofensivas que eu sempre dava um jeito de iniciar com meus pais, eles saíram apressados com o carro da família, buscando algum lugar onde estivessem livres da fúria do filho mal-agradecido, mesmo que por alguns momentos. Menos de uma hora depois disso, recebo uma notícia mais devastadora que um ataque paranormal que explodisse o meu crânio: não muito longe dali, meu pai havia perdido o controle da direção do veículo, colidindo violentamente com um poste. O carro pegou fogo e eles não conseguiram sair, por estarem presos nas ferragens. A morte de meus pais havia sido lenta e dolorosa.

Sob esse golpe do destino, uma dúvida passou a me assolar: seria eu o responsável pelo mal-funcionamento de um carro que sempre foi impecável, visto que meu pai nutria profundo apreço por ele? Aquele acontecimento foi um tapa na cara dado pela realidade, mostrando-me a ameaça que eu representava para a sociedade. Rememorei diversos pequenos incidentes que aconteceram ao meu redor, durante toda a minha existência, começando a sentir o peso da culpa por eles e acreditando que eu era o catalisador de todas as desgraças que me cercavam. Eu já não tinha mais nada a perder ou ao que me apegar, o que facilitou minha decisão: iria me isolar do mundo. Com a roupa do corpo, saí caminhando inconscientemente, sem cogitar comparecer ao funeral de meus pobres pais.

Perambulando a esmo pela cidade, analisei como as minhas impressões do mundo foram mudando com o passar do tempo. Quanta saudade tenho da época na qual acreditava em fantasmas, quando a ameaça era externa, e os culpados eram os outros! Com as assombrações, ainda havia a tentativa de correr, de virar a cabeça para o outro lado, de tentar ignorar os visitantes indesejados. Mas a telecinésia sou eu, passei a ser uma ameaça para o mundo. Sem me dar conta, caminhei por horas, vindo parar no interior da obra de um grande edifício, quase concluída, na qual nem sei como entrei. De pé, a trinta andares de altura, encarei o por-do-sol da fria cidade sobre um beiral sem segurança alguma. Despido de angústia, sofrimento e revolta, saltei. Não por estar cansado desta existência tumultuada, nem tomado por cega insanidade. Sou movido apenas pela mórbida curiosidade.

As pessoas dizem que quando se está perto da morte, sua vida inteira passa diante de seus olhos, e meu relato confirma essa teoria, visto que todo este depoimento durou apenas um segundo, desde o início de meu irreversível voo livre. Pouco mais que isso me separa do concreto rude e impessoal que me aguarda lá embaixo, e então terei a curiosidade saciada: tornarei-me um fantasma, como os que me assombraram na primeira metade da minha vida, ou serei salvo pela telecinésia que se revelou tardiamente na segunda metade? Finalmente, uma resposta imediata a um questionamento que tenha feito. Pela primeira vez na vida, sinto-me realmente livre.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pedro, O Lobo

Alfer Medeiros


Sou homem, sou lobo, sou ambos.

Seres como eu são conhecidos por muitos nomes, com origens obscuras, soterradas sob montanhas de superstição, depoimentos desencontrados e falsas crenças religiosas. Não conheço outros da minha espécie, portanto não sei se são reais os fatos narrados por forasteiros de outros reinos, ou as histórias contadas de geração em geração pelo povo daqui.

Muitos chamam de maldição. Eu chamo de dom. Antes de conhecer meus dotes lupinos, era um pobre camponês, vivendo sob a mão de ferro de um senhor feudal inescrupuloso. Vivia na miséria, trabalhando como um burro de carga, para poder pagar os pesados tributos ao feudo e à Igreja.

Quando, aos quinze anos de idade, meu corpo subitamente se transformou durante uma noite de agonia febril, achei que morreria. Ao invés disso, tornei-me um ser fantástico, metade homem, metade lobo. A dor da transformação não é nada, comparada à glória de ser uma força incontrolável da natureza.

A partir daí, me tornei livre. A noite passou a ser minha amante, sempre de braços abertos a me esperar. As agonias de um dia desesperançoso, de trabalho árduo, passaram a ser suportadas com a lembrança das madrugadas de liberdade irrestrita que me aguardavam.

Minhas rondas noturnas resumiam-se a corridas pelas florestas e, vez ou outra, devorar animais de pequeno porte. Essa preferência mudou quando, por acaso, deparei-me com o maléfico senhor feudal, em uma de suas diversas escapadas adúlteras, na floresta próxima às suas propriedades.

Não acredito em destino, nem em sorte. Sei somente que, quando uma boa oportunidade surge nesta vida carente de recompensas, eu a agarro com unhas e dentes. Literalmente. E foi exatamente isso que fiz naquele momento, começando pela cortesã devassa que refestelava-se em luxúria, deitada na relva. Mordidas e arranhões inumanos desfilaram sobre a brancura de seu magnífico corpo feminino.

Seu companheiro de prazeres carnais, o objeto principal de meu ódio, correu desesperadamente pela floresta escura, ao se deparar com a terrível visão da cortesã estraçalhada. Toda a rudez com a qual maltratava as pessoas ao seu redor extinguiu-se ao som de seus gritos afeminados de terror. Toda a pompa do nobre que arrogantemente ostentava brasões e armas reais, do alto de seu cavalo, sumiu enquanto ele corria aos tropeços, nu da cintura para baixo.

Eu permiti propositalmente que empreendesse tal fuga. Da mulher, queria apenas me alimentar da carne. Em relação a ele, desejava me embebedar de medo, saborear a doce vingança e extravasar todo o ódio irracional que acumulei durante toda a minha vida serviçal e miserável. E foi assim que iniciou-se a melhor caçada da qual já fiz parte.

Perdi a noção de quanto tempo corri sobre quatro patas em seu encalço, derrubando-o frequentemente, urrando sobre sua face exangue, arranhando superficialmente sua pele, mordendo pernas e braços, para depois deixá-lo correr novamente, alimentando a esperança de que conseguiria escapar. Muito me diverti forçando-o a correr em círculos.

No momento em que minha audição privilegiada captou sons de guardas vindo em auxílio de seu senhor, acabei com a existência mesquinha do maldito. Uma orgia de sangue e restos humanos tomou conta da clareira na qual decidi liberar minha fúria irracional. Quando parti para o coração da floresta, senti-me mais leve e deixei para trás pedaços de carne irreconhecíveis.

A partir de então, tenho vagado por diversas paragens, vivendo como um andarilho sem rumo. A peste negra e a opressão dos senhores e da Igreja impedem que os sofridos camponeses possam me oferecer algum tipo de ajuda. Mas isso não importa, pois à noite, quando me dispo de minha pele humana, consigo o alimento e a liberdade, dos quais necessito para viver.

As histórias a meu respeito multiplicam-se. Sou confundido com feras selvagens, demônios e guerreiros sanguinários. A Santa Igreja empreende uma imensa caçada por suas terras, matando diversos inocentes no seu supersticioso caminho de destruição. Eu não me preocupo com eles, pois quando minha hora chegar, cairei lutando. Enquanto isso, uivos ameaçadores vão pontuando a sinfonia lupina que rege minha vida.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Outro Lado Da Morte

O Outro Lado Da Morte

Vinicius S. Reidryk

“Não sabemos para onde nós vamos após a morte. Pecamos demais.” A Cada dia eu penso estar distante de todos, “na verdade eu já fui há muito tempo.” Meu pai, minha mãe, minha família, como eu gostaria de voltar e vê-los pela última vez.

- Onde estou? – acordei ofegante de um longo pesadelo, “mas o que fazia a minha alma fora do meu corpo olhando para mim?!”
- Mary, você está bem? – perguntou o doutor preocupado, pois ela não parava de olhar para a porta. O que tem a porta? É branca não é? – ele deu um leve sorriso.

Ela emudeceu.
Os pais entraram preocupados com a filha e viram que ela os fitava, mas na verdade era ela mesma, a imagem de sua alma. Choraram ao perceber que ela não respondia... estava paralisada... não respirava...A sua alma virou-se de costas e saiu passando por dentro de seus pais. A menina olhou para o lado e viu que seus batimentos estavam no limite e lamentou-se com a última lágrima, esta foi a última vez em que vira a sua família.

- Mary...- uma voz sussurrava em seu ouvido e enfim apareceu com suas belas asas brancas diante da menina, ele tocou em sua testa e levou-a gentilmente.

Agora a menina foi entregue aos céus onde não haverá sofrimento e sim paz, alegria... E ficará esperando para reencontrá-los novamente.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Aura de Asíris- A Batalha de Kobayashi

Disponível! - Aura de Asíris - A Batalha de Kayabashi

O livro Aura de Asíris - A Batalha Kayabashi, um épico tecnofantasy escrito pelo publicitário carioca Rafael Lima e com referências como Star Wars, Final Fantasy e Dragon Ball Z, já está disponível nas melhores lojas físicas e virtuais do país.

Confira a sinopse:

Duas raças. Um só mundo e destino. A aventura começa.

Há séculos, banshees e furous guerreiam ao norte de Asíris, mundo governado por uma avançada tecnologia e permeado por uma energia chamada Aura. Apesar dos banshees terem vencido a maior parte das batalhas, algo está para mudar.

Uma antiga lenda, que prevê o nivelamento de forças entre as duas raças e, consequentemente, o fim desta que é conhecida como a Grande Guerra, aparenta ser verdadeira quando os furous inexplicavelmente se tornam mais poderosos e capazes de derrotar seus inimigos pela primeira vez na história.

A partir daí, uma batalha sem precedentes eclode em uma região conhecida como Deserto de Kayabashi. Neste cenário de tensão e expectativa surge Yin Ashvick, um menino de doze anos que pode ser a única esperança de todos. Ele terá que enfrentar uma longa e perigosa jornada, a qual colocará a prova sua coragem, altruísmo e determinação.

Para isso, terá a ajuda de seu mestre, Hanai Ashvick, o general do exército banshee, Irwind Heatbolth e outros personagens bastante carismáticos. Cada um terá que encarar seus piores temores para descobrir a verdade por trás da onda de terror que assola sua terra e pôr fim na grande ameaça que se aproxima.

Para comprar Aura de Asíris - A Batalha de Kayabashi acesse www.auradeasiris.com/comprar.html

sábado, 6 de março de 2010

Por Um Vampiro...


Ao consultar as correspondências que me haviam chegado encontrei um envelope em branco, mas que possuia algo em seu interior.
Seria um atentado terrorista contra um reles escritor amador? O envelope conteria antraz? Mesmo hesitando um pouco levei o envelope para dentro junto com as demais correspondências e fui verificar o estranho conteúdo.
Acalmem-se, não havia nenhum pó branco, apenas a carta que transcrevo abaixo...


São Paulo, 20 de dezembro de 2009.


Escrevo para quem desejar saber a verdade, ninguém deve sentir-se obrigado a ler.
Sou um vampiro, um sanguessuga, uma criatura da noite, um nosferatu, um incubus, ou seja lá qual for o nome pelo qual me conheça ou prefira me denominar.
Escrevo para advertir, de uma vez por todas, para que não se engane em relação a mim ou àqueles da minha estirpe: nós não seremos piedosos quando a sede nos acometer.
Ao deparar-se com um de nós, corra, se houver a improvável possibilidade disso acontecer. Não anseie por nos conhecer, não nos idolatre, não se apaixone por nós... Não somos criaturas apaixonáveis, idolatráveis e não desejamos que meros mortais saibam algo ao nosso respeito até mesmo porque não há nada a ser aprendido conosco.
Muitos se consideram “especialistas” em vampiros sendo que jamais estiveram diante de um de nós. Baseiam-se em livros, filmes ou sei já qual for sua forma de estudo para escreverem tratados ao nosso respeito. A verdade está muito além do que julgam ser verdade e é bastante provável que jamais a conheçam.
Para mim, assim como para meus “irmãos” vocês humanos não são nada além de criaturas das quais necessitamos apenas para saciar nossas mais vis necessidades, nada além disso.
Somos muito mais do que você imagina e muito menos do que gostaria que fôssemos, e não, não seremos seu amigo.
Não nos apaixonaremos por nenhum de vocês, não seremos piedosos e muito menos carinhosos. Não seremos seu “namoradinho” ou “namoradinha”, ao contrário, sentiremos prazer em arrasar todo e qualquer sonho que você possa ter em relação ao amor.
Nos regozijaremos com seu derradeiro sofrimento e esteja ciente de que faremos o que estiver ao nosso alcance para que ele seja prolongado o máximo possível.
Possivelmente não nos consideraria belos ou sensuais se nos visse, muito pelo contrário, lembra-se do pior pesadelo que já teve? Não deve chegar aos pés da nossa verdadeira feição e realidade.
Que isso sirva de alerta a você que está vislumbrado com o “universo vampírico” e se considera como sendo um de nós somente por ter começado a vestir preto e passar pó branco em sua face juvenil. Ah sim, jovens de carne tenra e aveludada, ao menos são meus preferidos...
E engana-se muito se acha que está em segurança dentro deu sua casa, uma vez que não precisamos ser convidados a entrar em seu lar para podermos sorver seu sangue e possuir seu corpo, portanto, esqueçam isso, não estão seguros em lugar algum. Uma igreja? Não que você esteja seguro lá, mas dificilmente procuraremos comida em um lugar como esse, a menos que a sede nos obrigue a tal atitude.
Creio que tudo isso já seja o suficiente para entender a realidade dos fatos e para que passe a nos respeitar um pouco mais e não nos idolatrar como vem ocorrendo.
Em tempo: nossa pele não é de diamante, não expelimos purpurina e não perdoamos virgens. Sim, outra preferência minha.
Judas foi apenas um homem, nada além disso, assim como Drácula não foi o primeiro e muito menos o último de nossa linhagem e Aisha jamais foi rainha do que quer que fosse.
Lobisomens? Será que existem? Só adianto que jamais nos relacionamos com nada semelhante e muito menos guerreamos com eles.
Como eu sou mal. Acabei com seus sonhos? Apaguei suas ilusões? Destruí suas fantasias? Que pena...
Aproveite sua vida e cuide de seu pescoço, enquanto ele ainda mantém sua cabeça ligada ao corpo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Meu Habitat

Corri firme pelos campos nevados das montanhas,
O céu era branco e pouco estrelado,
Árvores, pedras, rios e lagos... congelados,
Algo diferente havia em mim,
Sentia pelo corpo, sentia-me mais instintivo,
Eu mudei e buscava minha egrégora.

Notei cavernas escuras e geleiras imponentes,
Granizos caíam como estrelas pouco vívidas,
Na serenidade mortífera tudo era inóspito,
O frio e ventos incomodavam-me menos,
Minha aventura estava mais próxima do fim,
Abismos e cavernas agora eram meu território.

Vivi a edificante misantropia naquele lugar incrível,
Lá eu era livre de fardos da humanidade,
Em meu lar distante eu podia ser eu mesmo.
No alto da montanha observei o abismo,
E senti um poder interno crescente.

Rosnei e urrei, logo senti-me maior e poderoso,
Pesado e peludo, meus trajes sumiram,
Transformei-me em um grande urso polar.
Descansei em uma caverna escura,
Dormi entre meus parentes ursídeos.

Hibernei até a próxima estação, esperando por dias melhores.


- Mensageiro Obscuro.
Dezembro/2008.

terça-feira, 2 de março de 2010

A-T-L-A-S - O Segredo do Mundo

Atlas - O segredo do mundo

Vinicius S. Reidryk( Portal das Trevas... )

Há anos o nosso mundo vem deixando rastros de erupção.
O nosso caminho está selado pelas coisas ruins que fizemos,
mas como podemos consertar tudo isto?
Hoje, 23 de outubro de 2011 eu acordei em um lugar estranho
coberto de labaredes de fogo, vozes altamente abusivas e roucas.
Eu estava seguindo para uma nova fonte de almas maléficas
para o fundo das chamas. Aquilo parecia mais um rodamoinho
que sugara a minha alma para dentro dele. Eu era mais um dos condenados.
Meia-hora depois...
Eu estava de pé com os meus olhos esbugalhados temendo o pior.
Fiquei perplexo quando descobri que aquilo era apenas uma ilusão.

- Não pode ser! Isso não está acontecendo! - eu estava indignado
de forma inimaginável.

Meu pai e minha mãe entraram no meu quarto e pediram para
que eu descesse para almoçar.
Desci as escadas passo a passo, bem devagar e observando tudo.
Tudo estava como antes em seu devido lugar. Meus pais e meus dois
irmãos mais novos estavam juntos a mesa rezando antes de comer.
De repente alguém bateu na porta e eu fui atender, trêmulo.
- Uma carta para Haniel dos Santos. - disse o carteiro.
Eu apenas peguei a carta e peguei o conteúdo depois de assinar.
- Obrigado! - agradeci, já com o livro na mão.
Era um livro grosso escrito ATLAS. Este tinha um desenho do Planeta
Terra, muitas nuvens carregadas e muitos lugares secos.
Como eu sou muito curioso fui ver de quem era a carta, adivinhem...
o remetente era Inferno.
Subi as escadas imediatamente e gritei que não estava com fome,
assim fiquei sentado na frente do computador folheando as páginas
do livro.
Cada página que eu passava o livro mostrava imagens e documentários
sobre pessoas mortas, sobre o fim do mundo. Eu não queria mais parar
de ler... Havia coisas tão chocantes ali que me fez lembrar do
pesadelo que tive. Almas sendo sugadas para um buraco sem fundo,
demônios devorando os que acabaram de chegar...
Não é a primeira vez que eu vejo tudo isso, mas sempre fico incrédulo.
As pessoas chegaram num limite de que não há mais volta! Eu vejo pessoas
comendo partes de bebês, uma pessoa matando a outra porque esbarrou
no meio da rua,
pai tendo caso com a própria filha...
Isso me deixou triste ao continuar lendo o livro.
No dia seguinte...
Eu fiquei em pé durante 40 minutos tendo uma outra visão. O atlas que
estava em minha mão havia mudado, desta vez no planeta terra, havia
uma rachadura enorme escrito nomes de vários países que seriam afetados
por terremoto. eu só percebi porque eu vi tudo passando em minha cabeça
durante o tempo em que fiquei de pé ao lado da minha cama.
Eu desci as escadas procurando a minha família, andei pela casa inteira
preocupado
e não encontrei ninguém.
As casas lá fora estavam todas destruídas menos a minha e foi aí que eu
gritei morrendo de medo.
- O mundo está acabando! - eu repetia inúmeras vezes.
O vento parecia formar um furacão lá fora de tão forte que estava,
o céu negro trovejava, relampejava abundantemente,mas não estava
chovendo.
Uma semana depois...
Eu ainda estou com a minha família, uffa! Era mais uma daquelas visões.
Pensei que aquelas coisas aconteceriam logo, mas não eu estava
realmente enganado.
Bem... a vida continua e as pessoas tolas deste mundo ainda se matam
e se rendem as coisas ruins.
Já havia terminado de ler o livro e achei interessante, pensava que
era apenas
um livro de ficção que me levava para cada lugar horripilante parecendo
que estava lá assistindo as coisas terminarem de forma destrutiva
ao fim do mundo.
Ano 2018...
Eu respirei fundo e desci as escadas para mais um dia de vida, mas...
Cadê a minha família? Dessa vez estavam todos mortos.
Foram assassinados.
Eu tinha visto inúmeras sequências mostradas por aquele mapa
de que coisas ruins
aconteceriam, mas não acreditei que fosse verdade.
o ATLAS tentou me mostrar a verdade sobre o mundo e no final
dizia que todos os seres puros(de BOA FÉ) seriam levados para
o Paraíso e os seres ruins( que não acreditam em Deus, que pecaram demais)
não seriam absolvidos e iam diretamente para o inferno.
Agora terremotos, tsunamis, furacões predominaram o mundo
de todas as formas possíveis e eu por não acreditar acabei
morrendo, enfim descobri o segredo.
Mesmo que eu tentasse jamais poderia ter evitado tragédias,
pois o ATLAS estava guardado com a pessoa escolhida, EU
e por isso ele veio até mim porque eu jamais acreditaria
e também não impediria o FIM!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

* PREDIÇÃO *

* Predição *

Liartemis

Um raio rompe o céu naquela noite, seu som rompe e vai além dos mundos.
Virna acorda assustada, levanta-se e caminha em direção da janela que é aberta por suas mãos trêmulas.
A sensação de medo é muito aparente e ela não consegue esconder. Os trovões soam como tambores e os fechos de raios que rabiscam as nuvens, desenham um olhar que lhe assombra. Dois olhos grandes lhe causam pavor. Como se algo viesse buscá-la e aproxima-se muito rápido.
Virna sente-se agoniada e sai pela porta do quarto se arremessando pela escada em espiral que parecem não ter fim. Sua camisola possui uma calda que se arrasta pelos degraus. Sob o último degrau Virna encontra-se estática.
Os sons dos trovões estão mais próximos e tornam-se ensurdecedores. Ela parte em direção à porta da frente, mas sente que algo em instantes irá abrí-la e em encontro será inevitável. Então elimina esta alternativa. Resolve, enfim sair pela porta dos fundos que dá para um imenso jardim.
O piso daquele casarão é todo quadriculado em preto e branco, onde os quadrados pretos afundaram-se e viraram buracos. Sua imaginação não criaria tais momentos, mas ela arrisca-se ao perigo.
Virna sente medo e acima de tudo pressa. Consegue, enfim, a liberdade.
Corre sem saber para onde ir, mas por trás dela estava a casa e dela conseguia ouvir somente as portas baterem sem parar e repetidas vezes, até as janelas não agüentarem, estilhaçam todos os vidros.
Correndo pelo jardim sente-se aflita e ouve passos quebrando os galhos no caminho atrás dela e com certeza não eram os seus.
Desesperada, seu corpo encontra-se com um espantalho, que fica na plantação de legumes. O grito de pavor vem em sua garganta e rapidamente é sufocada pelas suas mãos. Mas a criatura ainda esta no seu encalço. Virna atravessa um vale que termina à beira de um abismo e lá embaixo somente as ondas se arrebentando nas pedras. Percebe-se em uma situação sem saída.
O vento soprava forte, violento e a criatura se revela de uma sinuosa fumaça negra.

Pablo é seu nome. E veio por um intuito apenas. Reinvidicar sua esposa. Ele apresenta-se muito Cortez e diz:
- Eu sou Pablo e sou um Vampiro.

Virna treme muito, sem ação não tem iniciativa alguma para ao menos apresentar-se.
- Você é muito bela e seu nome é Virna, ou estou enganado?
Como também já foi Úrsula em sua vida passada.

- Não sei do que você esta falando. Meu nome é apenas Virna. Por que me persegue? - Ela interrompe o diálogo.

- Vim ao teu encontro para te desposar. Não te recordas de tua promessa?

- Não fiz promessa para ninguém, muito menos para você! – Alterada ela responde sem compreender.

Ele mergulha em suas lembranças.

- Nós éramos amantes, quando seu nome era Úrsula. Nunca tive coragem de lhe transformar ou apenas saciar minha sede. Amei-te demais, e assim, vivemos e nos completávamos. Até você adoecer, então você me prometeu na hora de sua morte, que em sua próxima vida por direito serias minha novamente.
Você tem a essência de Úrsula. Sabia que você já foi uma poderosa Bruxa?
E vejo que a tradição continua em ti. Com sua morte sofri muito. Seu espírito reencarna em ti pela primeira vez e pra mim não foi difícil encontrá-la, pois o poder e o aroma que seu espírito emana vem com muita facilidade ao meu encontro.

Novamente Virna interrompe:

- Não desejo ser sua esposa. Pois o meu destino me pertence e somente eu o governo.

- Não quero perder você porque dessa vez terei coragem e lhe transformarei, sentarás ao meu lado no trono como uma rainha. O nosso amor se eternizará.

Virna grita:

- Naaaaaaaaaaaão!

Os relâmpagos e trovões cessam e somente o assovio do vento lhe vem aos ouvidos.

Ela completa:

- Será que em minha vida passada eu não lhe prometi algo mais?

Virna aproxima-se do abismo, correndo perigo de cair.

- O que queres dizer? – Ele interroga.

- Talvez uma profecia do tipo, que você deve tentar encontrar a vida certa em que te aceitarei. Como já lha disse anteriormente, sou dona do meu destino e somente eu o governo! – Virna faz a revelação.

- Virna!
Cuidado, venha comigo.
Você esta na beira do abismo não te saída. – Pablo alerta.

- Você só não sabe de uma característica minha e isso Úrsula não lhe disse.

Virna finaliza seu devaneio.

- De que mesmo na beira do abismo...
Eu adoro voar...

Virna atira-se na escuridão do abismo. Ainda com o sorriso no rosto por ter acabado com o sonho de Pablo.

- Naaaaaaaaaaaaaão! – Pablo grita desesperado.

Um raio rompe o céu e seu som vai além dos mundos. Virna acorda em súbito assombro, levanta-se e caminha até a janela.


Por: Liartemis

Na Noite Fria

Na Noite Fria.

Oscar Mendes Filho

É noite de quinta para sexta-feira. Uma fina e gélida chuva cai sobre a cidade deserta e um vento forte varre as ruas.
Nada se ouve, apenas o som monótono das gotas que caem no chão já frio e o medonho assobio do vento incessante.
A cidade parece morta.
Testemunha ou guardiã da noite, a Lua Cheia debilmente clareia a cidade, tentando vencer as nuvens que dominam o céu.
Pelas ruas mal iluminadas um homem caminha apressadamente. Seus passos se apressam ainda mais quando ele ouve um estranho ruído. Seu corpo se arrepia ao sentir que alguma coisa o observa. Onde? Impossível dizer, o som da noite não permite que ele possa precisar.
Completamente apavorado, seus passos antes ligeiros transformam-se em uma desabalada correria. A ânsia de chegar à sua residência e sentir-se seguro é o que o motiva.
Essa é sua esperança, talvez essa seja sua única alternativa.
Seus pulmões queimam. O desesperado homem não está acostumado a tamanho esforço físico. A baixa temperatura do vento que lhe corta a face também contribui para minar sua resistência. As ruas escorregadias por diversas vezes quase o levam ao chão.
Adiante, em uma esquina, um vulto parece aguardar sua aproximação.
O pânico toma conta do homem que desesperado grita por socorro. Em vão. Ninguém responde aos seus apelos e ao perceber que o vulto enigmático lentamente se aproxima ele percebe que está próximo da morte.
Inútil correr, inútil gritar.
Exausto, aterrorizado, inconsolável, ele cai de joelhos ao chão molhado. Suas lágrimas misturam-se às gotas da fina chuva que já encharcam suas roupas.
Cabisbaixo, como entregando sua vida à voracidade daquela fera que já está de pé diante dele, o homem apenas sente a dor causada pelos dentes da bestial criatura que lhe abocanha o pescoço.
Ela banqueteia-se com seu sangue e, após dispensar o corpo inerte do homem no asfalto úmido e frio, sai em disparada pelas desertas ruas da cidade que dorme.
Buscando outra vítima, ou na ânsia de encontrar um lugar seguro para se abrigar, quem pode responder?
Meio bicho, meio gente. Ao raiar do Sol o Lobisomem retorna à sua condição anterior, humana, porém cansado e com o resto de suas vestes manchados com o sangue inocente da última vítima.
Isolado, remoendo-se com o peso do remorso causado pelas vidas que sua bestial condição o obriga a ceifar, ele permanece isolado até a chegada da próxima noite, em que a maldição da Lua voltará a transformá-lo em fera.
Outras noites, incontáveis, incessantes, terríveis, ainda estão por vir...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Without u (A suicida)




“Ainda não esquecida sensação”.

A casa ainda possuía o perfume da essência de almíscar. Do lado de fora o cheiro das rosas no jardim atraia as abelhas e as borboletas. A luz do sol refletia azulada dentro de cada cômodo transmitindo uma sensação gelada e desoladamente deprimida.
Na banheira o corpo de Simone já sem vida boiava dentro da banheira cheia de água gelada. Havia afogado mesmo seu corpo?
Uma sensação de vazio a perseguia. Por fim, ela não sentiu nada. Mais nada. Depois dos segundos do ultimo suspiro.
A alma de Simone estava ao lado da banheira vendo o que ela tinha sido, pelo menos o corpo que era antes de se suicidar. Ela contemplava seus olhos petrificados e sem vida sobre a água. Seus longos cabelos castanhos deslizavam como se flutuando ao redor do seu rosto. Onde sua alma seria levada agora? Nem ela sabia responder.
Ela esperava que anjos ou mesmo demônios fossem buscá-la quando tudo terminasse e até aquele momento nada havia acontecido. A morte e a visão de si mesma na banheira tinha sido tudo. Mesmo sendo uma alma Simone podia sentir a água fria envolvendo seu corpo moribundo toda vez que olhava para ele. Era como se ainda estivesse lá.
A vida inteira esteve morta por dentro. A opção pela morte nunca a assustara. A asfixia não fora nada surpreendentemente dolorosa para quem sofreu muito mais em vida.
A alma desencarnada de Simone começou a vagar por sua casa olhando cada detalhe. Os poucos porta retratos na sala mostravam cenas de um tempo em que fora feliz. Longe da depressão. Esse tempo a muito tinha sido esquecido na nuvem negra que era sua vida.
Seus olhos foram por acaso guiados a sua coleção de Cds românticos que tanto adorava. Cada um mais meloso que o outro. Em vida ela jamais teria admitido esse lado doce e vulnerável. Agora, já que estava morta mesmo, podia sentir orgulho de ser ainda romântica a moda antiga nessa era de bundas e peitos.
Ao tocar um de seus cds pode perceber com certo susto que podia o segurar em suas mãos e não o transpassava como acontecia nos filmes estilo Ghost. Pegou um dos seus cds favoritos e o levou ao micro system da sala o colocando na primeira bandeja e apertando o play.
O cd era o seu favorito entre todos os outros. Mariah Carey a rainha dos românticos começava a cantar um das suas musicas mais emocionante Without u. Ao começar a ouvir a música Simone sentiu todo o universo de sentimentos que a muito tinha esquecido.
Alias desde seu suicídio há uma ou duas horas e meia na banheira tudo a sua volta parecia bem diferente do que era em vida. Tudo era belo e simplesmente radiante. Não existia a pressa desvairada e nem aquele vazio mórbido que a consumia por dentro.
Lentamente ela se sentou em seu sofá onde sentia uma leve brisa refrescante com um cheiro delicioso. Eram as rosas que cultivava no jardim desde que seu pai e sua mãe eram vivos. Eles a ensinaram todos os truques de como deixá-las ainda mais bonitas sem o uso de produtos industrializados. Por que eles não vieram buscá-la para a viagem que deveria ter feito para o outro lado?
Simone estava arrependida de ter feito aquilo. Por que se matar quando podia estar aproveitando tudo que percebera agora? Depois de morta, e que dera valor a vida. Se ao menos tivesse se preocupado menos, e aberto a mão algumas vezes de coisas que podiam ter esperado, talvez nunca tivesse feito aquilo. Veria como era bom ter tudo que tinha.
Enquanto Without u esta quase no fim, ela percebeu como até mesmo esse prazer ela perdera. Quantas vezes deixou de ouvir suas musicas favoritas para não parecer antiquada.
Quanta besteira fizera por causa da opinião alheia. Poderia ter ouvido aquela musica o quando quisesse em vida até decorar cada parte, porém o que achariam dela bancando a romântica brega no mundo das mulheres cachorras.
Quanta coisa perdera. Pensava ela se torturando por dentro agora. Não aproveitara a mais simples das coisas ao máximo por medo do que as pessoas que nem estariam no seu enterro falariam a seu respeito.
Agora já estava feito e estava morta. Só agora tinha percebido como a vida poderia ser tão mais linda se fosse um pouco mais livre.
As amarras e condenações da sociedade de hoje com seus padrões a tinham deixado depressiva e doente, como muitos outros estariam agora preste a fazer o mesmo erro que ela se arrependera.

Leonardo Ragacini

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

No Confessionário

No confessionário

Regina Castro

Tarde da noite padre Jhones caminha devagar pela nave vazia, acabara de fazer a missa a qual havia demorado mais que o comum, cansado, em seu coração só havia um apelo, uma cama bem quentinha, o peso da idade era tanta que o padre as vezes deixava-se passar o tempo sentado olhando a grande cruz a sua frente, mas naquela noite não, naquela hora tudo que ele mais queria era ver tudo fechado, estava excessivamente exausto, o ritmo das confissões tinha triplicado nos últimos dias e ele já pensava na merecida aposentadoria.
Olhou para a pesada porta a sua frente e quando tentou fechá-la alguém impediu, assustado olhou para a pessoa já tentando explicar que voltasse outro dia, mas ao encará-la parou de falar, seus olhos eram brilhantes e de certa forma ele até esqueceu do que falava e perguntou...
- Pois não moça? - perguntou com ar bondoso.
- Teria um tempinho padre? Pra uma conversa sabe... - sua voz soava como melodia.
O pedido veio com tanta meiguice que o padre Jhones não teve como negar, até pensou duas vezes depois de ter acordado de uma espécie de transe ao qual viu-se perdido, ao fitar olhos tão envolventes, por fim consentiu com a cabeça e dirigiu-se para uma portinha de madeira na lateral e pediu que ela o seguisse, ele entrou na cabine cuidadosamente adornada e abriu a portinhola.
- Pois não filha, estou aqui para receber tua confissão em nome de Deus Pai Todo Poderoso. - falou o padre com a voz rouca.
- Então quer dizer que eu teria que começar com a frase... "Perdoe-me padre, pois eu pequei..."
- Você pode começar como quiser minha filha...
- Primeiro vamos fazer um acordo, pare de me chamar de filha, que eu penso se te dou mais uns aninhos de vida ou não.
- O qu...
- Eu disse que queria conversar, e não que vim me confessar... não preciso de sua absolvição... entendeu?
O padre ao ouvir aquilo tentou sair da cabine, mas agora a voz que ouviu pareceu vir do mais profundo inferno.
- NÃO!!!... - a mulher acalmou a voz e continuou. - Se eu fosse você ficaria paradinho e me ouvindo, senão eu posso perder o fio de paciência que tenho!!! -depois de uns segundos... - sim meu querido Jhones, agora sim, gosto da sua submissão.
- O que quer de mim? - perguntou Jhones com voz trêmula.
- Quero te contar um pouco de mim, o que faço, como vivo e depois o seu destino poderá mudar, nem Deus poderá te ajudar agora.
- Por que eu?
- Você foi meu escolhido ha exatos 76 anos.
O padre engoliu seco, essa era exatamente a idade dele.
- Você disse 76 por que?
- Isso mesmo, não precisa duvidar, falei mesmo de você, te conheço Jhones desde bebê, conheci seus pais, seus irmãos e hum, deixa ver... uma tia.
- Mas eu sou órfão, nunca conheci minha família, acho que você está falando com a pessoa errada.
- Você vem de uma linhagem de caçadores, e eu tive que interromper o ciclo para acabar com essa raça.
- Acho que você precisa de ajuda mocinha, você é muito nova e tem chance ainda.
- Haaa, tanta inocência, sabe o que eu sou? Uma vampira e deixei você viver muito tempo, acho que errei nisso, foi uma falha minha, hoje vim concertar esse erro, pois o caçador adormecido pode acordar, sei que você sozinho não me daria dor de cabeça, só vim aqui para terminar o que comecei, somente isso. Matei sua família ha muito tempo, lembro de como seu pai implorou, uma vergonha um caçador do calibre dele chorar feito um bebê, acho que foi por isso que minha ira cresceu também em cima de seus irmãos, sua mãe te defendeu até a morte, hum, muito tocante, já sua tia, morreu por que tentou fugir deixando todos para tras, covardia me enoja.
Ao terminar de falar Melanie abriu uma fresta na portinha e jogou uma foto antiga onde todos da família estavam muito felizes, e ainda falou.
- Vê o bebezinho? É você.
O padre Jhones perdeu a fala, olhando a foto seus olhos começaram a marejar, mas ficou calado, pensou que se tratasse de uma louca, pensou tantas coisas, mas no final, acabou fitando a foto com tanta tristeza, que não soube o que falar e a vampira continuou.
- Sabe essa correntinha que você está usando e nunca se separa? Essa letra M é do meu nome, e não de uma mãe que você imaginou tanto tempo.
Aquilo bateu fundo em seu coração, ela sabia até do seu tesouro, a correntinha que foi encontrada com ele e que ele sempre pensou que tivesse sido de sua mãe ausente, Jhones sentiu-se invadido, pensou estar as margens da loucura. Arrancou a corrente e atirou-a no chão, sentiu falta de ar, aquele cubículo estava apertando sua vontade de gritar e sair correndo.
- Acho que vou terminar com seu sofrimento, pois pra fechar o ciclo, preciso de algo seu, o sangue do último dos Ferrato e esperei muito tempo, foi muito tempo te vigiando, te cuidando, mas você está chegando ao fim e antes que esse fim chegue, preciso pegar o que é meu... sabe, por causa do sangue da tua linhagem consegui identificar e exterminar quase todos os que se meteram a besta com minha raça, até certos traidores foi fácil matar, pois você não sabe, mas seu pai, o grande Lucien Ferrato foi como eu, um vampiro, um ótimo vampiro mas sua mãe tinha que aparecer... ele não tinha que ceder a um sentimento comum entre mortais, mas cedeu e virou caçador, viveu feliz por um tempo formando sua familia, mas não ficou quieto no canto dele e saiu caçando a própria raça, traindo nossa espécie, seu erro pior foi ir atras da pessoa a quem ele havia traido cruelmente, a quem por causa de uma simples mortal foi desdenhada, e que por causa da traição já alimentava uma vingança, EU,
seu erro fatal foi vir atraz de mim, não sei como consegui minha vingança, acho que minha raiva naquele momento ficou mais forte que o desejo dele por salvar os seus, e consegui investir contra ele.
- Mas por que me deixou viver? - perguntou o padre num fio de voz.
- Por que você, é o único filho que ele teve, quando ele conheceu sua mãe, ela já tinha seus irmãos, e até hoje eu me pergunto, como ela conseguiu engravidar dele... acho que isso te intitula aberração pior do que eu. Deixei você viver ainda por amor a seu pai, fui fraca, e te deixei num convento com minha correntinha. Você cresceu e ficou muito parecido com ele, eu ficava te olhando por muito tempo, mas agora te devo o descanso, não vejo mais em você o homem a quem tanto amei.
O padre ainda tentou falar, mas já faltava pouco pro sol nascer, Melanie precisava muito do que foi buscar e sem nenhuma pena ao ver aquele rosto envelhecido em sua frente, nada mais lembrava o traidor que ela nunca esqueceu...
Pela manhã, chegou a primeira beata e abriu a igreja como sempre fazia, e o grito ecoou do salão vazio, os outros que chegavam já para a missa da manhã, correu assustado ao encontro da mulher, qual não foi o espanto de todos ao ver o padre pendurado pelo pescoço, com o corpo cheio de talhos e perfurações e, no chão, no meio da poça de sangue encontrava-se a foto e um enorme desculpe-me escrito em sangue no mármore branco do altar.

O Contrato! (Dimensões BR)

O contrato

Vinicius S. Reidryk

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2006.

Uma perseguição na Teixeira de Freitas, Centro, Rio de Janeiro, fazia com que uma pessoa corresse desesperadamente, vislumbrando atrás dela o assassino encapuzado e com uma máscara negra no rosto. André Frederico Silveira Machado Gomes Rocha, um homem alto e elegante, tentava chegar o mais rápido possível em casa, na esperança de salvar a própria vida. Um péssimo final para um dia ainda pior.
Na Avenida Rio Branco, onde morava com a família, o rapaz olhou para trás e não viu mais o assassino. Eram exatamente vinte e duas horas. Talvez ele tivesse desistido. Ou armasse um próximo ataque... Apesar da falta de fôlego, André continuou fugindo. Quando se aproximou de seu prédio, o segurança na guarita abriu o portão automático. Finalmente estava em casa.
Dispensou o elevador e subiu as escadas, suado, respirando rapidamente e pensando que escapara por pouco da morte. Ao entrar no apartamento, viu seus dois meninos brincando numa grande algazarra.
— Não corram dentro de casa – pediu. – Quantas vezes eu já falei isso?
As crianças obedeceram no mesmo instante. André, porém, não lhes deu mais atenção. Foi até o quarto. Queria tomar um banho e descansar. Assim que abriu a porta do guarda-roupa, percebeu alguma coisa errada e olhou para trás. Não viu nada diferente, estava tudo em ordem. Pegou algumas roupas limpas e se dirigiu ao banheiro.
Sua esposa adormecera no sofá da sala, dominada pelo cansaço. Na cozinha, deixara um prato com comida para que ele esquentasse no micro-ondas como de costume, pois sempre voltava muito tarde do trabalho.
Após o banho, encaminhou os filhos para o quarto deles. Já passava da hora de dormir. Como sempre fazia, contou-lhes uma história antes que pegassem no sono.
Assim que adormeceram, um vento forte invadiu o quarto por um instante, balançando tudo em que tocou. Temendo que seus filhos pegassem um resfriado, André fechou a janela. Deu um beijo na testa de cada filho e, quando fechava a porta, teve a impressão de ver um vulto do lado de fora da janela. Ilusão, pensou. Moravam no décimo andar. Só se alguém ficar flutuando lá fora, riu.
Na cozinha, pegou o prato de comida, em cima da mesa, e abriu a porta do micro-ondas. Ia digitar o tempo na tela quando a imagem de uma pessoa surgiu diante dele. O mesmo vulto da janela... Amedrontado, reconheceu seu chefe. O prato caiu de sua mão e se espatifou no piso. Estou louco, deduziu o homem. Assim que piscou, a imagem desapareceu.
— Amor, o que houve? – perguntou a esposa, entrando na cozinha.
André respirou fundo e foi buscar a vassoura e a pá.
— Nada, querida, só me descuidei.
— As crianças já estão dormindo?
— Já.
Sem dizer mais nada, ele recolheu a comida e os cacos de vidro antes de levá-los à lixeira. Perdera a fome.
— Vamos dormir também – sugeriu a esposa, puxando-o carinhosamente pela mão.

(...)

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2006.

Na manhã seguinte, percorrendo as ruas movimentadas do Centro, André outra vez sentiu que o seguiam. Olhou para trás e viu uma mulher loira e magra, de olhos azuis, cabelos à altura dos ombros. Dobrou uma esquina, depois outra. Atravessou a rua e, então, deu meia-volta, tomando a direção contrária. A mulher continuou a segui-lo.
Amedrontado, o homem começou a correr. Adiante, esbarrou em alguém. Era o sujeito mascarado da noite anterior.
— Olá, André! – disse ele, como se reencontrasse um velho amigo.
— O que você quer?
— Você não pode fugir para sempre.
E sumiu, como se não fosse de carne e osso.
André correu muito até seu escritório. Não cumprimentou seus colegas, não reparou em nada. Não soube que o chefe sumira na noite anterior e que todos, claro, estavam preocupados com ele. Apenas se fechou na sala em que trabalhava sozinho. Não aguento mais, não aguento mais...
Um comprimido para dor de cabeça ajudou-o a relaxar um pouco.
Exausto, arrastou os pés até o banheiro. Abriu a torneira, lavou as mãos e o rosto. Ao fitar o espelho à sua frente, reparou na mensagem escrita com batom.
Você não pode fugir para sempre.
André cambaleou para trás.
E então voltou a correr. Para casa. Imediatamente.
Um vento forte o acompanhou pelo caminho. Viu pessoas mortas... Uma segurando a cabeça, outra com a garganta cortada. Uma, cerrada ao meio, rastejou pelo chão até ele...
André escapou de seus dedos gelados. Parou numa esquina e engoliu todos os comprimidos para dor de cabeça que carregava no bolso do paletó. Fechou os olhos. Quando ergueu as pálpebras, a vida voltara ao normal.
O efeito, porém, durou pouco. No portão de seu prédio, olhou para cima. Viu espíritos sendo levados para baixo, saindo de todos os andares, passando por ele...
As lágrimas nublaram seus olhos. O portão estava entreaberto. Entrou. Na guarita, o segurança morrera, esfaqueado.
No hall, virou-se na direção da escada. Lá estava o sujeito mascarado, nos últimos degraus, segurando na mão direita uma imensa faca ensanguentada. Minha esposa, meus filhos!, desesperou-se André.
— O contrato era tão simples! – disse o sujeito. – Por que não cumpriu sua parte?
— Por favor, eu...
— Voltei o tempo para você em três anos, como combinamos. Assim você teria a chance de se vingar de todos que te humilharam, te desprezaram. Seu chefe, seus vizinhos, sua esposa, seus filhos... Mas o que você faz, hein? Muda tudo o que combinamos!
O desespero deu coragem a André.
— Você não entende? Eu tive a chance de alterar meu passado! Não me viciei em drogas, não traí minha esposa, não bati no meu chefe e nem perdi meu emprego. Fiz tudo certo desta vez.
O mascarado se aproximou. Ergueu a faca, parando a ponta da lâmina a centímetros do coração humano.
— Como você não cumpriu sua parte do nosso contrato – murmurou, com desprezo –, tive de fazer o que você não fez.
E entregou à arma a André antes de desaparecer no vazio.
Atônito, ele demorou a entender o óbvio. Todos agora estavam mortos: o chefe, os vizinhos, a esposa, os filhos...
Um calafrio lhe mostrou o final da história. Era ele quem segurava a arma do crime.
— Parado, polícia! – gritou um dos homens que invadiram o hall do prédio na Avenida Rio Branco.

(...)

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2009.

Um minuto para meia-noite do dia seguinte...
Uma forte chuva com relâmpagos rasantes naquele lugar escuro. Um porão imundo, numa casa abandonada.
Sem dinheiro para alimentar o vício em drogas, André só alimentava o ódio mais profundo. Queria ver sangue. Muito sangue mesmo. Queria que aquela vagabunda da ex-esposa implorasse pela vida miserável dela. Queria arrancar um a um os dentes daquele sorrisinho de satisfação do ex-chefe. Queria que os vizinhos esnobes do prédio onde morava, antes de ser despejado pelo excesso de dívidas, tivessem a pior das mortes. E os próprios filhos, então, que o desprezavam abertamente? Queria que eles...
— Olá – disse uma voz ao seu lado. Pertencia a uma mulher loira e magra, de olhos azuis, cabelos à altura dos ombros. – Conheço alguém que pode ajudar você.

Depois que este conto estiver em grande nível, postarei a continuação e final onde a perseguição a André continuará. O contrato 2, versão totalmente original e inédita!

E em breve não percam o meu livro solo, Portal das Trevas- O Inicio do Poder.
A cada missão o perigo aumenta e alguns personagens que estão nesta intrigante missão não sabem o que realmente terão que enfrentar.
Desvende você este mistério!
Abraços a todos! Desejo sucesso a todos os escritores!
Agradeço a atenção e boa leitura!